sábado, 3 de maio de 2025

Ancestralidade - a busca sobre minhas origens





Oi! Quero compartilhar a história da minha bisavó, uma narrativa que me tomou quase dois anos para desvendar e reconstruir, como se fosse um quebra-cabeças.. 

Sempre ouvi falar do lado alemão da família e achei que seria mais fácil pesquisar por lá. Encontrei algumas informações significativas, mas não consegui me identificar tanto quanto imaginei. Na realidade, deparei-me com relatos um tanto enigmáticos, o que não me instigou a me conectar com esse antepassado. Apesar de reconhecer a incrível força e dedicação da minha bisavó paterna, uma mulher notável que viveu quase um século.

Bem, a partir daí, comecei a procurar informações sobre o lado espanhol da família, ainda do lado paterno. 

Minha avó Izabel era uma pessoa divertida e gentil. Ao pesquisar sobre sua imigração, encontrei um caminho claro a seguir. Porém, ao refletir sobre minha identificação com a cultura espanhola, percebo que, na verdade, não sinto uma conexão direta. Sinceramente, não consigo mencionar nada além do fato de que a ilha espanhola que visitei era maravilhosa.

Bem, acho que aquela busca chegou ao fim. 

Decidi então investigar um pouco mais sobre a minha ascendência materna.

A minha bisavó materna veio de um país que já não existe mais: a Iugoslávia. Sem ter parentes diretos conhecidos e com informações escassas, senti como se tivesse batido em uma parede de tijolos. Encerrei a minha busca desanimada, pois realmente gostaria de saber mais.

De vez em quando, minha mãe me contava sobre seu pai. Ele era uma pessoa dedicada e um ótimo pai. Sempre trabalhou muito e era muito atencioso com ela, além de ter uma personalidade agradável e divertida. Infelizmente, sua vida difícil o levou ao alcoolismo, que tirou sua vida anos depois.

Mas, mesmo assim, por anos minha mãe compartilhou boas lembranças, assim como as de sua avó.
Em resumo, ela veio da Iugoslávia para o Brasil e nunca se adaptou muito bem à língua e aos costumes do país. E não teve a vida próspera que sonhou para sua família. Em uma dessas conversas com minha mãe, perguntei se ela tinha algum documento da família ou se poderia escrever algumas informações que lembrava.

Já se passavam dois anos desde que comecei a busca, mas, para minha surpresa, dessa vez fiz alguns progressos.
Quando retomei a pesquisa, consegui preencher lacunas e ir além das informações que me foram dadas.
Entendi que, para me aprofundar, seria necessário procurar documentos e analisar possíveis mudanças ortográficas, pesquisar datas, fatos históricos e todas as possíveis alterações que possam ter ocorrido devido à dissolução da Iugoslávia.

Salvei todos os documentos que encontrei online, assim como os que minha mãe forneceu, separando as informações confirmadas das duvidosas.

Mas, incrivelmente, tudo começou a se encaixar. Acho que agora posso contar a história sob outra perspectiva.

Em 1895, Jaga Barany nasceu em uma aldeia chamada Vaška, no condado de Virovitica-Podravina, anteriormente localizada na Iugoslávia, mas agora pertencente à Croácia.



              (Mapa da região atualmente) 

Seus pais eram Vinko Barany e Julia Tischler.

Eles eram trabalhadores rurais e tinham uma vida humilde, mas gostavam de suas vidas e do lugar onde viviam.




(Condado de 
Virovitica-Podravina - Dias de hoje - Foto: Google)

Acredito que por volta de 1912 ela se casou com Ivan Borbás.

A região onde viviam era chamada Império Austro-Húngaro, e durante esse período começaram as Guerras Balcânicas, causando conflitos políticos até o início da Primeira Guerra Mundial.

Devido à situação do país e ao medo da guerra, Jaga, seu marido e seus pais decidiram sair em busca de um ambiente pacífico e melhores condições de vida.

Seu marido já havia ido para os Estados Unidos e, portanto, consideraram que poderia ser o melhor destino para construir uma nova vida. E assim realizaram a primeira tentativa de imigração rumo a América do Norte.

No entanto, a perspectiva lá não era boa quanto parecia ser, e eles realmente sentiam falta de sua terra natal. Por volta do ano de 1920, Jaga, Ivan e seus filhos John e Mary decidiram retornar ao seu país. Ao chegarem, encontraram destruição e o lugar que antes chamavam de lar já não era mais como lembravam. Os conflitos ainda não haviam terminado, havia muita insegurança e o destino daqueles que permaneceram lá era incerto.

As pessoas haviam ouvido muito sobre um lugar distante da guerra, onde haveria muitas oportunidades de trabalho e concessões de terras para estrangeiros. Essa era a oportunidade que precisavam. Eles tinham um novo destino: o Brasil.

Um lugar famoso por suas plantações de café e por acolher estrangeiros de todo o mundo, terras férteis e um destino próspero.

Mais uma vez, embarcaram de navio para essa distante terra na América do Sul, no ano de 1927.



( Imagem ilustrativa: Navio de imigrantes no porto de Santos, Brasil)

Finalmente longe da guerra, agora seria possível sonhar novamente.

No entanto, quando chegaram ao Brasil, nada era como haviam imaginado.

Havia um número enorme de estrangeiros competindo por empregos que beiravam a escravidão e não havia garantia de moradia ou condições de vida decentes.

Havia uma barreira difícil devido ao idioma tão diferente, assim como os hábitos e costumes.

Como muitos dos imigrantes compartilhavam idiomas semelhantes, assim como outros aspectos culturais, tiveram algumas vantagens na integração ao país.

Mesmo assim, era melhor estar lá sobrevivendo do que estar no meio da guerra. Quem sabe, talvez os descendentes tivessem melhores oportunidades.

Em 1929, José nasceu, desta vez em solo brasileiro. Alguns anos depois, Ivan faleceu, deixando Jaga viúva.
Jaga, agora conhecida como Ágata ou Inês, após a tradução de seu nome, só conseguiu obter seu documento de estrangeira em 1960.
José, seu filho, casou-se com Daura e viveram uma vida humilde em São Paulo.
Em 1961, Suely nasceu, filha de José e Daura, e neta de Jaga.
Neste ponto, posso contar a história de uma perspectiva mais pessoal, porque Suely é minha mãe.



(Minha bisavó Jaga Barany e minha mãe Suely - 1960's, São Paulo, Brasil) 

Minha mãe sempre contou boas histórias sobre viver com seu pai e avó, mas, mesmo assim, acredito que era difícil associar toda essa história a terras distantes e à sobrevivência como refugiados de guerra.

Hoje, a antiga Iugoslávia faz parte da Croácia, independente desde 1991, curiosamente o mesmo ano em que nasci.
Tive a oportunidade de pisar em solo croata e conhecer um pouco sobre o povo e a cultura em 2015, quando estive em Dubrovnik.

Me apaixonei pela cidade encantadora, pela língua e por toda a cultura. E não fazia ideia de como estava próxima de me conectar com minha própria história por meio dessa experiência.

Hoje, mantenho minha admiração e desejo de conhecer e aprender sobre a Croácia e sua cultura balcânica e, quem sabe, encontrar o sentido de pertencimento que venho buscando por toda a minha vida. 

Danielle Hernandes

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Resenha: Sabonete Korres Flor de Baunilha Mediterrânea


Hoje o post é uma resenha bem curtinha: Sabonete Korres Flor de Baunilha Mediterrânea Há algum tempo testei um sabonete artesanal e achei maravilhoso. A textura, a fragrância, a hidratação no corpo… Enfim, muito diferente dos sabonetes comuns. Desde então, comecei a prestar atenção nos ingredientes dos sabonetes, buscando sempre ingredientes naturais e de empresas que não testem em animais. Já havia usado o sabonete da Korres Pimenta Rosa e gostei muito. Fui pesquisar sobre a marca, e vejo que a Korres tem uma proposta bem legal, que se enquadra nessa questão de buscar entregar produtos com ingredientes naturais e de maior qualidade, tendo muitos produtos veganos na gama de produtos oferecidos. Vamos conhecer um pouco sobre o Sabonete Korres Flor de Baunilha mediterrânea?


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Embalagem Korres Flor de Baunilha Mediterrânea Sabonete em Barra – 90g

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Vem em uma embalagem de plástico (poderia vir sem né?)

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Verso - Com informações de uso e ingredientes.

O que eu achei do produto:

Posso dizer que eu havia gostado da versão Pimenta Rosa, mas, quando experimentei essa versão de Baunilha eu realmente me apaixonei. A fragrância de baunilha é muito gostosinha e perfuma todo o seu banho, deixa o banheiro todinho perfumado. Hidrata bem a pele e deixa um leve cheirinho de baunilha. Tem uma textura cremosa e um bom rendimento. Considerando que não é um produto caro (R$5,90 a R$13,90 em 09/2022) eu acredito que vale muito a pena, e agora eu já estou de olho na versão Gardênia Grega (eu amo qualquer coisa que tenha gardênia). Além disso, descobri que há um hidratante corporal da marca e eu simplemente QUERO.
Na verdade, espero poder experimentar outros tipos de produtos da marca, principalmente os de Skin Care.
Em resumo, Korres: Vale muito a pena.

Espero que tenham gostado. E você, já experimentou os produtos da Korres?

quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Resenha: Creme Hidratante The Body Shop - SAKURA NO KI Flor de cerejeira

 


Essa foi a primeira vez que testei um produto da marca The Body Shop.
Pesquisei um pouquinho sobre a marca e descobri que não testa em animais e tem várias iniciativas de proteção ao meio ambiente. 
Comprei na loja virtual da marca e chegou bem rapidinho. 

O que eu achei sobre o produto? 

A embalagem do produto é bem bonita e funcional, pois tem uma válvula (pump) com trava que não permite o vazamento do produto. 
A textura é levemente encorpada e a pele absorve bem.
Deixa a pele bem hidratada e macia.
A fragrância de flor de cerejeira é um cheirinho muito agradável.
Algo que acho curioso é que todas as vezes que experimento um produto caracterizado como de "Flor de cerejeira" é sempre um cheiro diferente. 


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Embalagem do produto: Creme Hidratante The Body Shop

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Textura do Creme Hidratante

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Verso da embalagem. 

Os ingredientes divulgados pela marca são: Aqua, Canola Oil, Glycerin, Propylheptyl Caprylate, Parfum, Olus Oil, Sodium Acrylates Copolymer, Phenoxyethanol, Caprylic/Capric Triglyceride, Sorbitol, Acrylates/C10-30 Alkyl Acrylate Crosspolymer, Xanthan Gum, Polyglyceryl-3 Caprylate, Sodium Gluconate, Tocopheryl Acetate, Sodium Hydroxide, Benzoic Acid, Dehydroacetic Acid, Sorbitan Oleate, Ceteareth-6, Stearyl Alcohol, Sodium Carbonate, Ci 14700, Tocopherol, Ci 19140, Sodium Chloride, Sodium Sulfate, Benzyl Benzoate, Linalool, Limonene, Citronellol, Benzyl Salicylate, Coumarin, Geraniol, Alpha-Isomethyl

O valor do produto na loja oficial é de R$ 64,90 (Setembro/2022)
Pelo fato da embalagem ser de 250 ml, eu acredito que não compense muito o custo-benefício, pois é pouquíssimo produto e eu acabo ficando com pena de usar. Apesar de o cheirinho ser gostoso, eu esperava um desempenho melhor, com maior fixação talvez.
Acredito que o maior benefício do produto seja a hidratação, que realmente é possível sentir até o dia seguinte. 

Fiquei curiosa com outras linhas da marca, principalmente a de morango, mas todas as vezes que conferi no site a linha de cuidados corporais de morango estava esgotada e isso permanece até hoje. 

Espero que tenham gostado e até a próxima. 


Comprei meu apartamento -Tudo sobre essa jornada


Eu nunca acreditei que fosse possível escrever esse post. Mas, posso dizer que alguns sonhos se realizam, e esse é só o começo dessa história. Acho importante dizer, que cada pessoa tem possibilidades e oportunidades diferentes na vida, mas, o princípio de tudo é ter um objetivo, e ter a minha própria casa, sempre foi o meu. Quando comecei a pesquisar imóveis em São Paulo, fiquei assustada com os valores e as condições que eram ofertadas. Após muitas pesquisas, encontrei algumas construtoras e resolvi fazer simulações para entender melhor as minhas possibilidades de comprar/financiar um imóvel. Confesso que, no inicio foi desanimador, pois encontrei apartamentos em localizações que não me interessavam, ou a planta do apartamento não me agradava. Claro que eu sempre acabava me animando com algo totalmente fora do meu orçamento. Ouvi de alguns corretores que eu não encontraria imóvel do jeito que eu estava procurando, mas, ao final de um ano, finalmente encontrei o que eu buscava. Me cadastrei e conversei com uma corretora da Plano&Plano. Havia encontrado um imóvel interessante, mas que acabou não dando certo. Minha corretora foi super atenciosa e me direcionou para um outro projeto, que na hora me apaixonei e tive a certeza que era exatamente o que eu queria. Partindo daí, tive muitas dúvidas, muito medo de algo dar errado, mas tive muita sorte e tudo acabou dando certo. Vamos conhecer meu apartamento junto comigo? Já adianto que o tour é super rapidinho, pois a planta dele é mini (28,5m2)


A planta do meu (mini) apartamento. 
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E é claro, alguns registros da primeira visita e da entrega das chaves: 


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Entrada do condomínio. 

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O kit com as chaves. 

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Entrando no apê. 

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Vista da sala.

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Quarto

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Um pedacinho da varada. 

Espero que esse post possa te ajudar de alguma forma e se você, assim como eu, sonha em ter seu cantinho, desejo que dê tudo certo em sua busca. 
Minhas dicas são: Converse com corretores, busque informações sobre os empreendimentos na sua região, pesquise muito sobre a construtora (inclusive reclamações) e não desista nunca de seu objetivo. 
Se tiver interesse em conhecer a construtora do meu apê, a Plano & Plano, é só clicar aqui


Obrigada por ter chegado até aqui 💖


segunda-feira, 12 de setembro de 2022

A cidade de Santos - Um amor atemporal

 

Image author: midwinterdawn

Sabe quando um mesmo sentimento vem e vai em diferentes épocas da sua vida? 
Quando você tem uma vontade repentina de sair da rotina e ir para um outro lugar para se sentir em paz?
É mais ou menos assim que eu consigo descrever meu sentimento pela cidade de Santos. 
É díficil dizer o quanto já me imaginei morando nessa cidade e que a vida me direcionou a um caminho totalmente diferente. 
Já jurei nunca mais voltar.
Já tive tantas amizades que começaram e terminaram lá. 
Mas sempre retorna a vontade de visitar a cidade novamente e sentir o coração quentinho. 
De fato, Santos não possui as melhores praias que já conheci e nem transmite a segurança que acredito ser necessária para caminhar tranquila por aquela orla tão bonita. 
Mas, de alguma forma a cidade de Santos tem muitos encantos que somente quem conhece sabe do que estou falando. 
A primeira vez que me lembro de ir em Santos foi em 2009,  à convite de uma amiga virtual. E posso dizer que foi uma aventura maravilhosa, e o começo de uma história de tantas idas e vindas. 
Tempos depois, pensei que já não haveria mais motivos para retornar. 
E a vida acabou me surpreendendo novamente, quando me tornei tripulante de navios de cruzeiro, e lá estava eu, todos os domingos no navio em que trabalhava, atracado no porto de santos.
E lá também foi palco de muitos encontros e despedidas. 
E também de uma certa tristeza, de estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe de casa.  
Hoje, de tantas histórias e tantos amigos que tive por lá, restaram muitas memórias, e é claro, uma amiga que quero levar para a vida.
E se eu puder te recomendar algo, é:  vá até Santos, aproveite a cidade, vá até o Guarujá de Balsa, e depois retorne pela ponta da praia andando por todos os canais, de preferência, no final da tarde;
Assista o pôr do sol e passeie pela orla da praia.
Se tiver tempo, aproveite uma manhã no emissário, visite o aquário e o Shopping Parque balneário.
Acredito que só assim poderia traduzir o sentimento que é estar em uma cidade tão maravilhosa quanto Santos 

(Nota: Se você visitar Santos no período de dezembro a março, é bem provável que você consiga ver os navios de cruzeiro no horizonte, eu particularmente acho muito bonito.) 

Abaixo, algumas fotos da minha última viagem com meus amigos em Santos (Julho/2022):

Fonte do Sapo, Santos SP

Navio Cargueiro em santos

Praia em santos

Fonte em Santos

Ponta da Praia - Estátua do Atleta Náutico Santista

Ponta da Praia - Santos


Espero que tenham gostado. 
Até mais.